Lean UX por Jeff Gothelf

Jeff Gothelf

Lean UX, o livro.

NUMA, o espaço de coworking dedicado a startups, inovação e disseminação da cultura digital. A entrada é pela cafeteria e você sobe até o 4º andar. A sala está cheia – poucos UX Designers, à primeira vista, o público é mais startup. Claudio Vandi apresenta Jeff Gothelf, o orador que acaba de organizar um dia de workshop. Jeff é consultor da NEO e autor de Lean-UX, um livro que é uma continuação do trabalho seminal deEric Ries : O Lean Startup.


Ele começa com um problema de guaxinim em seu jardim, o que o leva a montar uma armadilha (uma gaiola que se fecha quando o animal entra). Ele então mostra uma foto ou, finalmente, seu cachorro foi pego, ilustrando aqui o fato de que a solução não produz o resultado esperado.

Ele então evoca a ideia de medição, para medir a eficácia da solução, alertando contra "Métricas de vaidade". Por exemplo: 600 page views para uma startup é um pseudo indicador de sucesso que lisonjeia o ego da equipe, mas tem pouco valor se não aproximar o objetivo. Assim, é fundamental definir indicadores que estejam realmente alinhados com a estratégia para avaliar se as ações realizadas estão nos aproximando do objetivo.

No Lean UX, a noção de medição é essencial: trata-se de entrar em uma abordagem de aprendizado permanente por meio de experimentação permanente. Pense/Faça/Verifique. Claro, a “entrega” deve ser permanente. Por exemplo: Amazon carrega um novo item a cada 11,6 segundos. Isso possibilita validar/invalidar as hipóteses e desenvolver gradativamente uma UX extremamente eficiente. Jeff lembra que os “requisitos” (especificações) são, em última análise, apenas suposições sobre as necessidades do usuário e que a abordagem Lean UX possibilita verificar em tempo real a adequação entre o produto e as expectativas do mercado.

Segundo ele, o Design Thinking se baseia em 3 pilares:

  • Empatia : entender o contexto e os pontos problemáticos do usuário (as dificuldades encontradas)
  • Criatividade : imaginar soluções para problemas
  • Racionalidade : medir e descartar se não produzir o resultado esperado.

Jeff Gothelf então expõe 3 estudos de caso onde muita energia foi desperdiçada trabalhando em soluções ruins ou não abordando os problemas reais. Isso torna possível trazer a diferença entre saída et resultado.

  • Un saída, é um entregável, um recurso, é o que nossos clientes esperam dos serviços de consultoria.
  • Na realidade, o que deve ser visado é a resultados, ou seja, transformações de comportamento do usuário final.

A indústria há muito se concentra nas saídas porque são binárias e contratuais, enquanto qualquer coisa relacionada à mudança é muito mais longa e difícil. No entanto, é aqui que residem novas fontes de valor agregado.

Sem dúvida, temos que mudar a forma como trabalhamos.   

Antoine Visonneau